cover
Tocando Agora:

Venezuela anuncia envio de 15 mil militares para fronteira com a Colômbia

Venezuela vai enviar 15 mil soldados para fronteira com a Colômbia O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou na televisão venezuelana, n...

Venezuela anuncia envio de 15 mil militares para fronteira com a Colômbia
Venezuela anuncia envio de 15 mil militares para fronteira com a Colômbia (Foto: Reprodução)

Venezuela vai enviar 15 mil soldados para fronteira com a Colômbia O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou na televisão venezuelana, nesta segunda-feira (25), que o presidente Nicolás Maduro ordenou o envio de 15 mil militares para a fronteira do país com a Colômbia. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A mobilização, de acordo com o discurso de Diosadado, inclui o uso de unidades aéreas, vigilância fluvial e tecnologia de drones. Ele também pediu que o governo colombiano assuma um compromisso semelhante para preservar a paz na fronteira e prevenir atividades ilícitas e propôs a criação de uma "zona binacional de paz" entre os dois países. "Pedimos ao governo colombiano, que vem colaborando, que faça o mesmo do lado colombiano para garantir a paz em todo o eixo, expulsando qualquer um que queira se estabelecer e cometer crimes na área da fronteira", afirmou. Na sexta-feira (22), sem mencionar diretamente os Estados Unidos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que "estão usando o narcotráfico como desculpa para invasão militar". No entanto, descartou a colaboração amada com o governo Maduro: "Nenhum soldado colombiano passará pela fronteira em direção à Venezuela". Diosdado Cabello, ministro do Interior da Venezuela TV do governo venezuelano via REUTERS EUA X Venezuela Em um pronunciamento na quarta-feira (20), um dia depois do governo Trump afirmar que vai usar 'toda a força' contra ele, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou fortemente os Estados Unidos. Durante discurso em uma cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - formada pela Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antigua e Barbuda e São Vicente e Granadinas - ele citou "agressões imperialistas" e afirmou que, no momento, a América Latina e o Caribe formam um território em disputa entre "forças dos povos independentistas e de luta e as forças obscurantistas estadunidenses". "Somos uma aliança de guerreiros pela paz. (...) Se algo caracteriza essa época que estamos vivendo, e da qual sairemos vitoriosos, é o caráter cruel e a normalização da ameaça do uso de força. (...) Estamos vivendo um cenário de frenesi enlouquecido de ameaças a granel. Lançam uma ameaça aqui, outra ali. Acreditam que são donos do mundo. Acreditam que só uma palavra deles basta para que os povos se rendam e entreguem sua terra e pátria", acusou. Nicolás Maduro em pronunciamento em cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América Youtube de Nicolás Maduro / Reprodução Relembrando a Revolução Bolivariana liderada pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e mostrando a Constituição do país, Maduro disse que a Venezuela tem "capacidade de luta" para qualquer cenário e confirmou a mobilização militar "diante das últimas ameaças à paz e soberania" do país. Ele pediu também, se dirigindo aos representantes dos países aliados, união em defesa da Venezuela. Na terça-feira (19), a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, disse que o presidente Donald Trump vai usar "toda a força" contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. "Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas", disse Leavitt, a jornalistas, na Casa Branca. Governo Trump diz que vai usar 'toda a força' contra Maduro na Venezuela Segundo agências de notícias, os EUA deslocaram três navios de guerra para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas. Leavitt não negou a movimentação da frota. O governo da Venezuela, em nota, chamou a acusação americana de cumplicidade com o narcotráfico de "ameaças", as quais "não só afetam a Venezuela, mas colocam em risco a paz e a estabilidade na região". Recompensa Os EUA acusam formalmente Maduro de narcoterrorismo desde março de 2020, durante o primeiro mandato de Donald Trump. Na época, o governo passou a oferecer uma recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 75 milhões). Esse valor foi aumentado para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, já sob o governo de Joe Biden, como retaliação à posse de Maduro para um novo mandato como presidente. Governo Trump aumenta para US$ 50 milhões recompensa por captura de Nicolás Maduro No último dia 7, os EUA anunciaram que irão pagar até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. O valor é maior do que o oferecido por detalhes do paradeiro de Osama Bin Laden após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Segundo a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, Maduro é um dos "maiores narcotraficantes do mundo" e representa uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. O novo montante ultrapassa o valor oferecido pelos EUA por Osama Bin Laden logo após os atentados de 11 de setembro. À época, o governo americano anunciou uma recompensa de US$ 25 milhões pelo líder da Al-Qaeda, e ele passou a ser o homem mais procurado do planeta. Vídeos em alta no g1 VÍDEOS: mais assistidos do g1