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Polícia de São Paulo fecha fábrica clandestina que falsificava bebidas com etanol adulterado

Polícia prende mulher que falsificava bebidas em SP A polícia de São Paulo prendeu em flagrante uma mulher que falsificava bebidas. A fábrica clandestina fu...

Polícia de São Paulo fecha fábrica clandestina que falsificava bebidas com etanol adulterado
Polícia de São Paulo fecha fábrica clandestina que falsificava bebidas com etanol adulterado (Foto: Reprodução)

Polícia prende mulher que falsificava bebidas em SP A polícia de São Paulo prendeu em flagrante uma mulher que falsificava bebidas. A fábrica clandestina funcionava em uma casa em São Bernardo do Campo, no ABC. Lá dentro, os investigadores encontraram galões, 1,8 mil garrafas cheias e vazias, além de milhares de tampas e rótulos usados para falsificar bebidas. Os policiais chegaram ao endereço durante as investigações sobre a morte do empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, primeira vítima confirmada de intoxicação por metanol em São Paulo. Segundo a polícia, o dono do bar onde Ricardo bebeu antes de começar a se sentir mal confessou que tinha comprado bebidas de um revendedor não autorizado. Um outro homem também morreu após consumir bebida no local - Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46 anos. Das nove garrafas de gin e vodca apreendidas no bar, oito tinham percentuais elevados de metanol, a maioria acima de 40%. A polícia afirma que a fábrica clandestina comprava etanol de postos de combustíveis, que por sua vez usavam metanol para “batizar” o álcool e a gasolina. Segundo os investigadores, foi assim que a substância tóxica e potencialmente letal foi parar dentro de garrafas de bebida alcoólica. Vanessa Maria da Silva foi presa em flagrante. O marido dela, que também é investigado, se apresentou à polícia durante a tarde, prestou depoimento e foi liberado. Ele á havia sido preso antes por falsificar bebidas. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, a fábrica clandestina contava com uma rede de distribuição. “Ela entregava para algumas distribuidoras. Inclusive uma das pessoas que faz parte da nossa investigação é uma espécie de representante, um vendedor, e através desse vendedor nós conseguimos chegar nessa fábrica que é da Vanessa, que foi presa hoje”, diz Artur José Dian, delegado-geral de Polícia de SP. Polícia de São Paulo fecha fábrica clandestina que falsificava bebidas com etanol adulterado Jornal Nacional/ Reprodução O secretário estadual da Segurança Pública disse que os investigadores agora querem chegar ao posto que forneceu etanol adulterado para os falsificadores de bebidas. “A nossa linha de raciocínio, que pode ser que seja comprovada, é que o etanol foi adquirido no mesmo posto de combustível, na mesma rede de postos de combustíveis. Quem está fazendo todo este processo de adulteração tem que ser criminalizado de forma severa, inclusive o proprietário do posto de combustível”, afirma Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo. O superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo disse que já conseguiu analisar 300 garrafas apreendidas nas últimas semanas. Ele falou que está assustado com o resultado das análises. “Dessas 300 garrafas, cerca de 50% delas apresentavam uma proporção de 10% a 40%, 45% de metanol. Então, é uma quantidade absurda de metanol. Nós temos, inclusive, recipientes que só têm metanol, não têm álcool etílico”, afirma Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa da mulher presa. LEIA TAMBÉM Fomepizol: antídoto do metanol tem 'dose de ataque'; entenda como é o tratamento e como age no organismo Mais de 2 mil doses de fomepizol, antídoto contra metanol, chegam a Guarulhos e começam a ser distribuídas aos estados Metanol: como médicos usaram cachaça como antídoto para intoxicação nos anos 1990