Milhares de palestinos começam a voltar para casa, na Faixa de Gaza, após cessar-fogo entre Israel e Hamas entrar em vigor

Cessar-fogo entra em vigor na Faixa de Gaza Entrou em vigor nesta sexta-feira (10) o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Os en...

Cessar-fogo entra em vigor na Faixa de Gaza Entrou em vigor nesta sexta-feira (10) o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Os enviados especiais Murilo Salviano e Ross Salinas mostram a volta dos palestinos à cidade de Gaza e os preparativos em Israel para a libertação dos reféns. Era meio-dia no Oriente Médio, 6h em Brasília, quando as forças israelenses anunciaram que as tropas tinham concluído o recuo previsto no acordo e estavam reposicionadas em Gaza. O cessar-fogo estava, finalmente, em vigor. Foi o sinal que milhares de palestinos aguardavam para deixar os acampamentos improvisados no sul do território e começar a jornada para o norte, de volta para casa. "É o dia mais feliz da minha vida", resumiu o Ali. Depois de meses bloqueada, a principal estrada que liga as duas pontas do território ficou lotada. "Vamos voltar para o lugar onde ficava a nossa casa. Não restou nada lá, mas nós vamos reconstruir", disse o Mohammed. Na cidade de Gaza, palco da mais recente ofensiva de Israel, moradores como a Fidaa viram pela primeira vez a escala da destruição: "Estou andando na minha rua, mas está tudo tão destruído que eu não consigo achar a casa. O que vamos fazer da vida agora?". Com o recuo, as tropas deixaram os principais centros urbanos de Gaza. Mas Israel ainda controla cerca de metade do território palestino. Os militares alertaram a população a não se aproximar desses locais. "Nossos soldados vão agir para eliminar qualquer ameaça. Não vamos correr nenhum risco", afirmou o porta-voz do Exército de Israel. Milhares de palestinos começam a voltar para casa, na Faixa de Gaza, após cessar-fogo entre Israel e Hamas entrar em vigor Jornal Nacional/ Reprodução Organizações internacionais pediram pressa na liberação da entrada de ajuda humanitária - um dos pontos previstos no acordo. "Podemos enviar 600 caminhões de ajuda por dia para Gaza já a partir de amanhã", declarou Ron Smith, diretor de emergências do Programa Mundial de Alimentos da ONU. Em Israel, o clima era de expectativa durante as orações na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Com o cessar-fogo em vigor, passou a valer o prazo de 72 horas para que os terroristas do Hamas libertem os 48 reféns que ainda estão em cativeiro - acredita-se que 20 estejam vivos. "É um momento muito emocionante. Claro, estamos muito felizes pela iminência da libertação dos reféns. Mas também estamos em luto pelos que voltarão sem vida. Eu espero que, depois disso, o país consiga se unir para recomeçar", disse o Doron. O prazo termina na segunda-feira (13), mas a expectativa é que os primeiros reféns sejam libertados ainda no fim de semana. O acordo prevê que isso aconteça sem cerimônias públicas. Ainda há poucos detalhes sobre como será esse processo. Na última libertação, a Cruz Vermelha ficou responsável por receber os reféns do Hamas, em Gaza, e entregá-los para as autoridades israelenses do outro lado da fronteira. Os reféns serão levados para hospitais para serem examinados e reunidos com as famílias. Em paralelo, Israel vai soltar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua. A gratidão a Trump era visível nas ruas de Israel. "Aprecio os esforços dele para trazer os reféns de volta e acabar com essa guerra terrível", disse a Michal. Milhares de palestinos começam a voltar para casa, na Faixa de Gaza, após cessar-fogo entre Israel e Hamas entrar em vigor Jornal Nacional/ Reprodução O presidente americano é aguardado no Oriente Médio. Donald Trump, na segunda-feira (13), deve fazer um discurso no Parlamento israelense, em Jerusalém, e participar de uma cerimônia de boas-vindas para os reféns. Trump também vai ao Egito, onde deve participar de uma reunião de cúpula. O presidente Abdel Fatah al-Sissi convidou líderes de países europeus, árabes e muçulmanos. Israel não foi chamado. Os Estados Unidos estão enviando 200 soldados a Israel para monitorar o cessar-fogo e facilitar o fluxo de ajuda humanitária em Gaza. O chamado “Comando Central dos Estados Unidos” vai instituir um centro de coordenação civil-militar em Israel em até duas semanas e meia, segundo o comandante americano responsável. Também vão participar tropas do Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes, organizações não governamentais e setor privado. Em um pronunciamento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao aliado americano e, em uma referência ao plano de paz, disse: "No próximo estágio, o Hamas vai ser desarmado e Gaza vai ser desmilitarizada. Se pudermos fazer isso do jeito fácil, ótimo. Senão, vamos fazer do jeito difícil." LEIA TAMBÉM VÍDEO mostra milhares de palestinos voltando para Gaza após cessar-fogo entrar em vigor; tropas de Israel recuam Israel aprova acordo de paz com Hamas, e cessar-fogo deve ter início em até 24 horas Israelenses e palestinos comemoram o anúncio do acordo que põe fim à guerra em Gaza Pressionados, Israel e Hamas aceitam plano apresentado por Trump para o fim da guerra em Gaza